Onze adolescentes que cumprem medida socioeducativa de internação em Ipatinga ganharam novas oportunidades de estudo e trabalho, graças a uma parceria firmada entre a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), por meio do Centro Socioeducativo de Ipatinga, a Prefeitura do município e o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA). Eles iniciaram o curso preparatório para trabalho no Executivo no dia 22 deste mês e, nesta segunda, 29.01, passaram a ocupar postos de trabalho em diversos setores da prefeitura.

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O diretor do Centro Socioeducativo de Ipatinga, Samuel Nascimento, conta que o projeto foi desenvolvido com o envolvimento dos parceiros e familiares dos adolescentes contemplados nesta primeira experiência do projeto. “Trabalhamos sempre na ressignificação dos jovens enquanto sujeitos, oportunizando estudo, esporte, cultura e lazer. A inserção no mercado de trabalho vem solidificar todo esse processo, para que eles possam fazer novas escolhas quando retornarem ao convívio social”, observa Nascimento.

A verba de mais de 80 mil para a execução do projeto veio do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Ipatinga (CMDCA).  A Escola Profissionalizante Tenente Oswaldo Machado (EPTOM) - entidade essencialmente filantrópica, qualificada em formação técnico-profissional – foi selecionada para realizar os trabalhos durante um ano. Os adolescentes terão uma carga horária de 20h semanais, sendo 4h de aula, toda sexta-feira, na EPTOM, e 16h de prática na Prefeitura. Eles serão acompanhados por uma equipe técnica e receberão uma bolsa de R$100, mensais, que será repassada para o responsável legal. 

“Nosso anseio em atender os adolescentes autores de atos infracionais é enorme; mas é uma política pública que carece de um envolvimento maior da sociedade. Estamos trabalhando em conjunto com a direção do Centro Socioeducativo de Ipatinga para mobilizar novas parcerias e ampliar essa oferta de vagas em setores públicos e privados”, observa o presidente do CMDCA, Leonardo Rodrigues.

*Bernardo Ribeiro, de 17 anos, cursa o ensino formal na Escola Estadual instalada dentro da unidade e é um dos onze jovens que receberam a oportunidade de estágio.

“Estou feliz. Acredito que com a experiência terei mais chances na hora de buscar um emprego quando sair daqui”, acredita.


*Nomes reais preservados segundo indicação do Estatuto da Criança e do Adolescente

 

Por: Dayana Silva

Fotos: Divulgação SESP

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