Mais 12 presos serão empregados na Penitenciária Ariosvaldo Campos Pires, em Juiz de Fora, na Zona da Mata, com a nova fábrica inaugurada nesta segunda-feira (12/8) dentro da unidade. Os detentos irão produzir sacos de lixos e bobinas de sacolas plásticas para a empresa Hiperroll Embalagens, com sede no município, que instalou parte da sua produção na unidade prisional. Pelo serviço, os detentos receberão ¾ de um salário mínimo e remição de pena – a cada três dias trabalhados, um é remido da sentença. A intenção da empresa parceira é que, no futuro, mais presos sejam contratados para o trabalho.

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O galpão onde a fábrica foi instalada tem um espaço de 120 m². A expectativa de produção é de 820 mil sacos de 50 litros e 10 mil sacos picotados por dia. Ao longo desta semana, os presos passarão por um treinamento para aprender a manusear o maquinário. Agora, com a nova parceria, a unidade prisional conta com um total de 71 presos trabalhando.

Para o diretor-geral da penitenciária, Bruno de Oliveira Aguiar, a consolidação de mais uma parceria de trabalho é de grande auxílio para a gestão prisional. “A atividade laboral, além de trazer a perspectiva de uma nova profissão, contribui para o bom comportamento da massa carcerária, uma vez que a Comissão Técnica de Classificação (CTC) somente aprova para o trabalho aqueles internos que apresentam bom comportamento”, explica.

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Um dos selecionados para trabalhar na nova fábrica foi Lucas Martins Pinheiro, de 25 anos. Para o detento, as perspectivas são as melhores possíveis. “Essa oportunidade que a empresa e a unidade prisional estão oferecendo é algo que eu não quero desperdiçar”, diz. Lucas conta que não esperava aprender um novo ofício, mas a oportunidade o fez pensar em um futuro diferente. “Até nasceu uma esperança na gente quando o pessoal da empresa disse que temos grandes chances de trabalhar na fábrica deles do lado de fora”.

Segundo o coordenador industrial da Hiperroll, José Gabriel Gonçalves Paula, a empresa firmou uma parceria semelhante com o Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) de Juiz de Fora, onde conheceu o atual diretor da Ariosvaldo Campos Pires, que propôs a instalação da fábrica na unidade.

“Esse tipo de cooperação tem dois lados que atraem o empresário: o financeiro e a questão social, que é o que mais valorizamos”, diz José Gabriel. “O trabalho dignifica o homem, e nós acreditamos muito que uma pessoa presa pode se recuperar trabalhando. Obtendo essa profissão agora, eles poderão ser contratados pela empresa quando saírem. Nós gostamos muito dessa ideia e temos a intenção de ampliar e empregar mais presos”, finaliza.

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Texto: Fernanda de Paula

Fotos: Divulgação Sejusp

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