Todas as frentes de trabalho das obras de ampliação do Presídio de Jequitinhonha e a construção de duas salas administrativas foram executadas por 18 presos do regime fechado que cumprem pena na unidade prisional. Os trabalhos, desde a construção das celas e salas até a finalização da pintura e demais acabamentos, duraram três meses e o recurso utilizado, no valor de cerca de R$68 mil, foi disponibilizado pelo Tribunal de Justiça por meio das verbas pecuniárias. O montante foi administrado pelo Conselho Comunitário de Segurança Pública de Jequitinhonha (Consep).

A capacidade da unidade prisional era de 44 vagas e passou a contar com mais 39, totalizando 83. A ampliação de 88% das vagas oferecidas foi possível graças à parceria da unidade com o Poder Judiciário local, com o apoio da sociedade civil. Para o diretor-geral do Presídio de Jequitinhonha, Rodrigo Xavier Leandro, o empenho dos detentos em desenvolver a obra mostrou que eles são profissionais capacitados, capazes de voltar para o convívio em sociedade com experiência no ramo. “Esta ampliação representa um voto de confiança e crença na vontade de mudança dos custodiados e ressocialização dos mesmos”, destacou o diretor.

Na solenidade de inauguração, a direção geral da unidade homenageou os servidores, engenheiros e autoridades locais com um certificado de reconhecimento pela dedicação em prol do presídio de Jequitinhonha. Os internos que trabalharam nas obras também receberam o reconhecimento pelas atividades executadas ao longo dos três meses de atividades.

Na oportunidade, o juiz de Direito da Comarca de Jequitinhonha, Gustavo Obata Trevisan, elogiou os projetos de remição pela leitura e a parceria com a Prefeitura de Jequitinhonha, na qual os detentos do regime semiaberto trabalham por remição de pena. Segundo o magistrado, enquanto ele estiver na comarca, pretende colaborar com os projetos de ressocialização do presídio.

Estiveram presentes na solenidade de inauguração autoridades do Judiciário, Ministério Público, Executivo Municipal, polícias Militar e Civil, Exército, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e do Conselho Comunitário.

Por: Bernardo Carneiro

Fotos: Divulgação Sejusp