O canal Disque Denúncia 181, coordenado pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), em parceria com a Polícia Militar, a Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros Militar, fechou o ano de 2019 com aumento no número de denúncias geradas e de chamadas recebidas – a cooperação da população mineira é fundamental para a eficácia do programa. No balanço fechado do último ano, os números mostram que de janeiro a dezembro foram geradas 77.628 denúncias, quase 2.000 a mais que no mesmo período de 2018, que registrou 75.844. O número de ligações também foi maior: passou de 590.801 ligações para 638.348 chamadas recebidas em todo o Estado.

181 Disque Denuncia

Tanto na capital quanto no interior de Minas, o tráfico de drogas lidera o ranking das denúncias geradas. Em 2019, foram 7.947 denúncias originadas em Belo Horizonte relativas ao tema. Em seguida, maus tratos a animais e os jogos de azar se destacam. O mesmo cenário se repete quando analisadas as ligações do Estado de uma forma geral: tráfico de drogas, maus tratos a animais e jogos de azar são as maiores denúncias feitas pela população mineira.

Para se ter uma ideia da possibilidade de denúncias que podem ser feitas via Disque Denúncia 181 – serviço também conhecido como DDU - em Belo Horizonte o ranking das dez maiores denúncias realizadas no último ano foram tráfico de drogas, maus tratos a animais, jogos de azar, porte/uso de drogas, estatuto do desarmamento, cativeiro/captura e tráfico de animais, foragidos/procurados, vistoria de fiscalização de edificações residenciais e comerciais e, por fim, informações sobre homicídios consumados. No âmbito estadual a receptação de materiais também se destaca.

Ações policiais

As ligações geradas pelo cidadão mineiro contribuíram, em 2019, para a retirada de quase 300 quilos de drogas de circulação, incluindo maconha, cocaína e crack. Foram 21.992 prisões, apreensões ou recapturas realizadas a partir de informações sigilosas dadas às forças policiais. O cidadão ajudou também a retirar de circulação mais de 2.400 armas de fogo, 1.500 balanças de precisão e 22 mil munições. A fauna e a flora também podem ser beneficiadas com a ajuda das pessoas: 5.500 animais silvestres foram recapturados por meio das informações repassadas por denunciantes ao longo de 2019.

Denúncias de corrupção

Ao completar 12 anos de funcionamento, em novembro último, o 181 passou a receber denúncias anônimas relativas aos crimes contra a Administração Pública e a Lei das Licitações, e se tornou mais um equipamento do Estado que busca auxiliar na coibição da corrupção e da lavagem de dinheiro. Além do Disque Denúncia 181, outros canais para combater a corrupção foram criados pelo Governo de Minas em 2019.

A Delegacia Estadual de Combate à Corrupção, da Polícia Civil, passa a trabalhar diretamente no combate aos crimes de colarinho branco. A Ouvidoria-Geral do Estado de Minas Gerais também tem um canal específico para as denúncias de corrupção na administração pública: o disque 162. O Canal Anticorrupção já está aberto a todos os cidadãos mineiros que tenham conhecimento de irregularidades no âmbito do setor público e queiram delatar.

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Como funciona o 181?

Quatro princípios regem o funcionamento do Disque Denúncia 181: resguardo absoluto e incondicional do anonimato do cidadão que oferecer denúncia de crime ou sinistro; sigilo de todas as informações referentes ao conteúdo das denúncias anônimas e dos procedimentos por elas desencadeados; preservação da imagem e honra dos servidores, funcionários, denunciantes e denunciados e, por fim, a integração de ações e informações.

Com o slogan “O importante é o que você diz, não quem você é”, o DDU busca aprimorar constantemente o serviço para garantir ao cidadão que as informações repassadas aos atendentes sejam trabalhadas de forma eficiente e qualificada. As ligações são criptografadas, garantindo o sigilo do denunciante.

O 181 Disque Denúncia não oferece resposta imediata, já que existe um prazo de 90 dias para apurar e responder a denúncia apresentada. Quando o cidadão precisar de uma resposta rápida, como em casos de flagrante e urgência, por exemplo, deve entrar em contato direto com as corporações: Polícia Militar (190), Polícia Civil (197) e Corpo de Bombeiros (193).

Texto: Flávia Santana

Fotos: Gil Leonardi/Imprensa MG