Durante a Semana Nacional de Combate às Drogas, que acontece de 22 a 28 de junho, e por todo o ano, os mineiros podem contribuir anonimamente com a luta antidrogas por meio do Disque Denúncia 181. O serviço é coordenado pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), em parceria com a Polícia Militar, a Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros. Na capital e no interior, o tráfico de drogas lidera o ranking de notificações geradas em Minas Gerais.

Entre janeiro e maio de 2020, 57% das denúncias recebidas pelo 181 foram sobre o crime. Do total 28.429 comunicações de infrações, 16.064 estavam relacionadas ao tema. Elas possibilitaram a apreensão de aproximadamente 59 mil papelotes, pinos ou porções de cocaína; cerca de 41 mil buchas, porções ou tabletes de maconha; e mais de 40 mil pedras ou porções de crack.

Segundo o superintendente de Integração e Planejamento Operacional da Sejusp, Leandro Almeida, “o principal papel do Disque Denúncia é ser um elo entre o cidadão e as forças de Segurança de nosso Estado”. Ele acredita que o tráfico esteja no topo das notificações por estar próximo do denunciante. “Acontece na rua dele, em uma esquina do seu trajeto, em determinada festa ou encontro, e o indivíduo toma conhecimento”, explica.

Municípios

Belo Horizonte é o município mineiro com maior número de denúncias geradas envolvendo substâncias ilícitas. Até maio deste ano, a metrópole somou 3.041 comunicações de tráfico - o que significa 19% do montante estadual. A capital é seguida por Uberlândia, com 899 notificações, e Juiz de Fora, que contabilizou 848 queixas. Esses municípios do Triângulo Mineiro e da Zona da Mata representam, respectivamente, 6% e 5% das denúncias no Estado.

Funcionamento

Conforme Leandro Almeida, “o anonimato é a chave para se chegar à informação”. Por isso, o Disque Denúncia 181 opera a partir do resguardo absoluto e incondicional do cidadão que notifica crime ou sinistro; do sigilo para com as informações referentes ao conteúdo das denúncias anônimas e dos procedimentos desencadeados; e da preservação da imagem e honra dos servidores, denunciantes e denunciados.

Após realizar a chamada, o delator recebe um código para que acompanhe a evolução dos procedimentos. O prazo mínimo para resposta é de 15 dias; e o máximo, de 90 dias. Caso seja necessária uma intervenção imediata, como em flagrantes, urgências e emergências, a orientação é fazer contato direto com as corporações: Polícia Militar (190), Polícia Civil (197) e Corpo de Bombeiros Militar (193).

Semana Nacional de Combate às Drogas

Até a próxima sexta-feira (26/06), Dia Internacional de Combate às Drogas, a Segurança Pública de Minas Gerais integra um movimento nacional com foco em ações operacionais voltadas para a prevenção e a repressão às drogas.

De forma integrada, a Sejusp, a Polícia Militar, a Polícia Civil, o Corpo de Bombeiros Militar, a Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Federal realizam ações ostensivas, repressivas e investigativas; como operações, barreiras policiais, cumprimentos de mandados de prisão, entre outras, durante atividades da Semana Nacional de Combate às Drogas. O objetivo é diminuir a oferta de drogas.

As ações acontecem ao longo da semana e serão capitaneadas pelo Centro Integrado de Comando e Controle (CICC). O órgão é o responsável pelo contato com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, que incentiva a realização das atividades da Semana Nacional em todo território brasileiro. Os trabalhos serão divulgados ao longo da sua execução, pelas forças integrantes deste combate focalizado às drogas.

Os órgãos de segurança também apoiam a campanha virtual de mobilização, inspiração e sensibilização contra as drogas da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social de Minas Gerais (Sedese), replicando seus conteúdos nas redes sociais. Com a temática “Eu acredito é na Rapaziada”, a ação desenvolvida por meio da Subsecretaria de Políticas sobre Drogas enfatiza a promoção de saúde e melhoria da qualidade de vida do público alvo, chamando a atenção para os fatores de proteção ao uso e abuso de álcool, tabaco e outras drogas.

Texto: Paula Machado

Foto: Gil Leonardi/Imprensa MG