Foram apresentados sistemas que formam a Base Integrada de Segurança Pública (BISP)
Agentes de segurança pública das 27 unidades da Federação estiveram reunidos, em Brasília, desde terça-feira (13) até esta sexta-feira (16) no 1º Encontro Nacional dos Gestores Estaduais de Estatística de Segurança Pública. Eles debateram a qualidade e a padronização dos dados estatísticos enviados ao Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp). Durante o evento, foi apresentado o diagnóstico de qualidade das informações transmitidas pelos estados e pelo Distrito Federal por meio do Validador de Dados Estatísticos (Sinesp-VDE).
A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) foi representada pela superintendente do Observatório de Segurança Pública, Ana Luiza Werneck Veronezi e pela analista de Dados do Observatório de Segurança Pública, Bárbara de Oliveira Domingos, que assumirá a função de gestora de estatística junto ao Sinesp da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), representando Minas Gerais nas discussões, em âmbito nacional, relativas aos dados e indicadores de segurança pública.
No terceiro dia do encontro, a equipe do Observatório Gerais marcou presença no evento com a apresentação de três iniciativas possibilitadas pela implantação da Base Integrada de Segurança Pública (BISP), data lake que reúne os dados de segurança pública do estado, implantado em 2022.
Foram apresentados os dez sistemas que compõem a BISP. Como aplicação do data lake, foi compartilhada como boa prática a iniciativa da Polícia Militar de Minas Gerais, o Indicador de Acompanhamento de Alvos Prioritários (IAAP). A metodologia automatiza a rotina de consulta de alvos monitorados e cria alertas a partir da atualização dos mandados de prisão em aberto, desligamentos do sistema prisional, fugas em aberto, saída temporária, deslocamentos e autorias em crimes.
Para a analista de dados do Observatório, Bárbara de Oliveira Domingos, o evento foi uma experiência única pelo compartilhamento das boas práticas de metodologia, tratamento e análise de dados de segurança pública. “Conseguimos identificar os desafios de categorizar diferentes dados de realidades tão distintas pelo país, mas ao mesmo tempo foi uma oportunidade de troca valiosa. Com toda certeza voltamos com uma bagagem para ampliar e qualificar nossas análises para subsidiar políticas públicas cada vez mais assertivas”, revela a analista.
No âmbito da prevenção à criminalidade, outra aplicação refere-se ao Painel de Criminalidade por abrangência de Unidades de Prevenção à Criminalidade (UPCs) de base territorial. Nessa iniciativa, os dados de homicídio, ameaça, lesão corporal e crimes sexuais em 34 áreas de abrangência de base territorial monitoradas em Minas Gerais passaram a ser tratados e atualizados diariamente por meio de linguagem de programação. O tratamento anteriormente manual e mensal foi substituído por um tratamento automatizado e tempestivo. A elaboração dos requisitos do painel ocorreu de forma conjunta com os gestores da Subsecretaria de Prevenção à Criminalidade (Supec), a fim de democratizar as análises dos atores locais nos territórios e ampliar a efetividade do planejamento e execução das ações de prevenção.
Por fim, a implantação do painel da metodologia da Integração da Gestão em Segurança Pública (Igesp) em 2025 é outra inovação possibilitada pela BISP na esfera de crimes contra o patrimônio. O painel apresenta, de forma visual e dinâmica, os dados de crimes de furto, roubo, extorsão, extorsão mediante sequestro e receptação nas zonas quentes de criminalidade monitoradas. O objetivo é subsidiar, de forma célere e automatizada, os gestores da metodologia com dados para articulação com os atores do Sistema de Segurança Pública e de Justiça Criminal.
Texto: Ascom Sejusp
Foto: Isaac Amorim/MJSP