Subsecretário apresentou o panorama mineiro sobre o avanço do neonazismo e defendeu a capacitação
de professores para detectar comportamentos de risco
de professores para detectar comportamentos de risco
A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp MG) esteve presente no Fórum Integrado de Segurança, realizado pela Prefeitura de Congonhas, por meio da Secretaria Municipal de Segurança Pública, nesta quinta-feira (23/10). Com o tema central “Violência no Ambiente Escolar, o evento reuniu profissionais da área, educadores e autoridades locais para discutir estratégias de prevenção e enfrentamento da violência nas escolas.

O subsecretário de Integração da Segurança Pública de Minas Gerais, Christian Vianna de Azevedo, foi o palestrante principal do encontro, com a exposição intitulada “O risco de exposição das crianças e adolescentes às redes sociais: o avanço do Neonazismo no Brasil e o uso de tecnologias emergentes”.
Reconhecido por sua atuação na integração entre instituições de segurança, Christian apresentou um panorama preocupante sobre o impacto do uso excessivo de redes sociais por crianças e adolescentes. Ele alertou que o ambiente digital tem sido usado para o recrutamento e disseminação de ideologias extremistas, incluindo o neonazismo e grupos terroristas internacionais.

“Esse evento em Congonhas foi importante para discutir o impacto do uso excessivo de redes sociais por jovens, que muitas vezes deságua em radicalismos ideológicos e comportamentos violentos nas escolas. Viemos apresentar um panorama sobre a situação em Minas Gerais e o Projeto Conviver, desenvolvido pela Sejusp MG, em parceria com a Secretaria de Estado de Educação e o Ministério Público, que capacita professores para identificar perfis de estudantes em risco e agir de forma preventiva contra ataques e episódios de violência”, destacou o subsecretário.
Durante a palestra, Christian enfatizou que o radicalismo juvenil é um fenômeno que ultrapassa fronteiras sociais e geográficas. Segundo ele, ideologias extremistas estão presentes tanto em grandes centros urbanos quanto no interior, atingindo jovens de diferentes realidades.

“Quando se fala em neonazismo, parece algo distante, mas essas ideologias estão aqui: em bairros nobres e no interior. Já identificamos casos de adolescentes recrutados por grupos estrangeiros, alguns com 13, 14 anos, preparados para viajar com documentos falsos, e é isso que nos preocupa. Hoje, o adolescente não precisa falar outra língua para se comunicar com pessoas no mundo inteiro; recrutadores usam jogos, grupos e traduções automáticas para aliciar. Por isso capacitamos professores para detectar perfis em risco e agir preventivamente”, explicou Christian.
Texto: Ana Paula Drumond Guerra
Fotos: Jeyller Henrique Rosa de Araújo - Nice/Suint/Sejusp MG