Ações integradas foram coordenadas pela Sejusp, mobilizando mais de 3.400 profissionais das forças de segurança e instituições parceiras
As atividades e abordagens da Operação Caminhos Seguros, realizada em Minas Gerais sob a coordenação da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), resultaram em 98 prisões em flagrante e outras 65 por mandado de prisão contra suspeitos do crime de exploração sexual de crianças e adolescentes. Possibilitaram também que 13 crianças e adolescentes fossem resgatados, somando 361 medidas protetivas solicitadas. Cerca de 50 quilos de drogas foram apreendidos, entre elas haxixe, cocaína e crack.
O balanço foi concluído nesta quarta-feira (4/6) pela Superintendência de Integração e Planejamento Operacional (Sipo) da Sejusp. De 30 de abril a 30 de maio, as forças de segurança atuaram de forma integrada na Operação Caminhos Seguros para reprimir e prevenir o crime de exploração sexual de crianças e adolescentes em todo o estado. Ações educativas, presenciais e digitais, mobilizaram mais de 3.400 profissionais, que utilizaram cerca de 1.500 viaturas, resultando em mais de 560 mil pessoas alcançadas.

No âmbito nacional, a Caminhos Seguros teve a coordenação do Ministério da Justiça e Segurança Pública e aconteceu, simultaneamente, nos 26 estados e no DF, sendo realizada por órgãos de segurança pública de todo o país, com apoio dos Conselhos Tutelares. Em Minas Gerais, sob a coordenação da Sejusp, a operação teve a participação de todas as forças de segurança — Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal, Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros Militar —, contado também com o Ministério Público e a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese).
“O balanço da Operação Caminhos Seguros mostra que, em Minas, ela já se tornou definitiva. Demonstrou, mais uma vez, a capacidade técnica e a efetividade das forças de segurança de Minas Gerais de se unirem no enfrentamento qualificado à exploração sexual de crianças e adolescentes”, avalia o Secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Rogério Greco.

O superintendente de Integração e Planejamento Operacional da Sejusp, Bernardo Pinto Coelho Naves, também destacou a importância da integração entre as polícias, o Ministério Público, os órgãos federais e as instituições de proteção social para o sucesso da operação. “Essa união foi um fator imprescindível para obtenção de resultados expressivos, tanto na repressão quanto na prevenção desse tipo de crime”, disse.
Atuações
As áreas de interesse operacional, suscetíveis à exploração sexual de crianças e adolescentes, concentraram-se em rodovias federais e estaduais, além de casas noturnas, bares, estabelecimentos de hospedagem e outros locais definidos pelos órgãos envolvidos. Uma das atribuições específicas da Sejusp consistiu no recebimento de denúncias da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos e do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, repassando-as às instituições competentes para apuração.
Durante os trabalhos, as instituições analisaram denúncias e intensificaram a fiscalização, realizaram ações preventivas e estimularam a realização de denúncias. Foram 595 denúncias apuradas e quase nove mil veículos fiscalizados em 217 pontos de bloqueio para blitz em todo o estado.
📄 Texto: Bernardo Carneiro
📸 Foto: Ascom Sejusp e Sedese