Nos meses de junho e julho, a Subsecretaria de Atendimento Socioeducativo realizou 10 sessões de filmes nas unidades socioeducativas da Região Metropolitana de Belo Horizonte, promovendo acesso à cultura dentro do sistema
A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp MG), em parceria com a Prefeitura de Belo Horizonte, realizou o projeto Cineclube de Cultura Popular entre os dias 17 de junho e 22 de julho. A ação aconteceu por meio da Subsecretaria de Atendimento Socioeducativo (Suase) e consistiu em 10 sessões de projeção de filmes promovidas pelo Núcleo de Estudos de Cultura Popular (Necup), uma entidade sem fins lucrativos financiada pela Lei Estadual Paulo Gustavo (LPG).

O Núcleo de Estudos de Cultura Popular é uma Organização da Sociedade Civil (OSC) fundada em 2013, que desenvolve atividades de preservação e difusão da cultura popular brasileira e latino-americana, atuando com enfoque em música, teatro, cinema, dança e literatura. Foram exibidos os documentários brasileiros “O Samba que mora em mim”, de Georgia Guerra-Peixe, e “A batalha do passinho”, de Emílio Domingos, nos Centros Socioeducativos de Ribeirão das Neves, São Jerônimo, Santa Clara, São Benedito, Lindéia, Horto e no Centro de Internação Provisória Contagem (CEIP Contagem).

Os filmes foram selecionados por dialogarem diretamente com a realidade do público, majoritariamente preto e pardo, estimulando a valorização racial, a ancestralidade e a expressão cultural. Após cada sessão, foi proposta uma roda de conversa com os participantes; o bate-papo contou com 92 adolescentes do Sistema Socioeducativo na Região Metropolitana de Belo Horizonte, quando foram discutidos temas como identidade, pertencimento, cultura popular e a arte como alternativas à criminalidade.

Segundo a diretora de Atendimento do CSE Ribeirão das Neves, Luiza Bernardes, a realização do Cineclube representou uma importante oportunidade de ampliar o repertório cultural dos adolescentes participantes. “Acreditamos que toda experiência artística tem o potencial de despertar novas sensações e provocar reflexões críticas que subsidiarão novas escolhas, especialmente aos adolescentes egressos”, disse.
Texto: Ana Carolina Costa
Fotos: Divulgação/Sejusp